Encontre
o seu caminho, ou o faça!
Venho
sendo perseguido por essa frase a anos, não sei bem de que boca ela saiu a
primeira vez que veio em minha direção... Se de algum familiar,
amigo/professor, ou encontrada em algum livro, que conversou comigo em dias
de atenção. Creio, sem dúvidas que foi refinada pelos meus ouvidos em um momento peculiar, por ser recorrente hoje, em uma voz que repentinas vezes me exita
nas longas noites, fazendo tardar meu sono...
Vai se tronando cada vez mais nítida e forte e com ela o momento e os caminhos
estalecidos desta fase de vida. Tenho cada vez compreendido melhor este meu tempo, e este meu
processo... Entre tantos outros sinais, vou decrifando o que está desenhando esse sujeito social que por estas letras se descreve... Hora
menos falante e mais atento/observador, hora paradoxal no extremo desses dois pólos. Chega a ser cômica, as
reviravoltas desta minha vida...
De
radical a alguém que relativiza... De
prolixo, que se atropelava e atropelas as pessoas com muitas palavras ditas ao mesmo tempo, a alguém
que pensa no que está falando quando fala, exercício dificultoso, mas de grandes aprendizados que tenho experimentado nas oportunidades encontradas e/ou construídas... Sem dúvidas grandes mudanças
batem a porta, mas não sei bem dizer, como venho dando estes passos, um limiar
entre o corte da espada que lapida ao arrancar os excessos e o perfume da rosa que faz-me,
cada vez mais imerso no mundo poético...
Caminho entre casa e a PUC... Detalhes... |
Criticado
por uma amiga esses dias, que tem acompanhado estes meus processos de perto,
fez-me pensar sobre os caminhos encontrados/criados seguidos. Refletia
sobre minhas posturas, avaliou-me como “chato”ao ser menos falante, mais sensato,
ao passo que eu também o era, quando falava demais... rsrsrsrsrsrsrs, como é
difícil se adequar...
Não
entendo bem ainda, o que fazer, nem como fazer nesta fase. A falta de experiência neste momento, dificulta
o processo, ou faz parte dele... Às vezes penso ser convicta a idéia que reside
em não ter forma diferente e/ou postura para se passar por esta fase... A
introspeção substitui a ansiedade, falas encalorada, recheadas de
sentimentos que se conflitavam dão espaços para
análises mais criteriosas e posicionamentos sútis... Os textos mais densos, embora mais curtos...
Bem,
nesta matemática da vida, minha intensidade se mantém... Ainda mergulho em
ações/projetos, embora muitas/os achem o contrário... Mas seria este um caminho
encontrado ou um caminho construído?
Ainda
estou a perscrutar essa frase. Talvez, aprisionado em modelos “perfeitos”
criados por minha exigente mente, talvez já contaminado demais pela sensatez,
faz de algumas decisões, tardar chegar... Talvez eleja prioridades secundarias para
algumas medidas que estão evidentes na vida de pessoas com quem eu me
relacione, mas entendo que certas nuances, nunca tidas como prioritárias, vem se
aproximando... E não tardará chegar.
Quando
o corpo começa a não responder as vaidades da mente, e os desejos transcendem a
simetria de padrões construídos pela tradição do pensamento, imagino ser sinal
de que algo novo está próximo... Seria o encontro de um novo caminho? Seria a
tal maturidade? Ou seria a racionalidade se estruturando? Tai respostas que eu
queria ter...
Dizem
que existe uma áurea diferenciada que circunscreve a idade dos 30 anos.
Dilemas, dúvidas, certezas, decisões... Seria isso? Eu não sei bem ainda... A
dialética que separa os caminhos materializados e os que venho forçando abrir,
ainda faz-me aéreo no que consigo seguir... Creio que tudo seja questão de como
se opta viver, ver... E Racionais MC’s em “Vida Loka” dar algumas dicas de como viver que me sustentam, se “pouco como um
rei, ou muito, como um zé?” Deixo o julgamento de minha postura para quem me ver.. Eis uma grande questão que no calor do tempo e dos
acontecimentos projetam direções encontradas/criadas rumo a compreensão de que “...o caminho da felicidade ainda existe, é uma
trilha estreita, em meio a selva triste...”(Racionais MC’s – Vida Loka Pt 2).
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