domingo, 23 de setembro de 2012

Reexistindo

No limiar das possibilidades 
Ando sobre corda
De um lado a existência
Doutro também ela
Devidamente contestada

E os passos seguem

Um a um 
Vão descrevendo o processo
A cada instante
A- tensão
De ser o que sou
De querer algo diferente 
Equilíbrio e (des)esperança

Passo a passo
Inscrevo um caminho
Histórias e estratégias
Redefino
Passos e personalidades

As pernas sentem
O corpo que modifica
A cabeça abre
A idéias 
E pontos de vistas

Passo a posso
Vivo
Reexisto
Equilíbro
Caminha




sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Sintomas



É tanto de você 
Em mim
Que faz de mim outro
Melhor
Mais forte e belo

Emancipado

Aqui
Entre pensamentos
Sabores
Entre lembranças reais
E distâncias

Sinto-me 
Fagocitado por você

Um outro

Sinto-me você
Sin-to-mas nós

E dói...
Metamorfoses 
De saudades

Encontro teu cheiro
No ar
Tua pele macia
Pós banho
 
Nossas intenções

Quando seremos nós novamente?
Que venha logo
Que seja logo
 
E salve-me
De mim
Que está diluindo em você

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Masturbação Mental


Desejos - tencionam
Desejos - transpiram
Desejos - aliviam


Desejos, desejos e mais desejos
Liberdade, libertinagem
Simples assim

As pernas do mundo abertas
Convidam ao sexo
Trepar, trepar e trepar
Uma, duas

Quantas vezes aguentar

Ir profnudamente
E cada vez mais longe

De forma animal

Boa parte das vezes racional
Sem pudores e medo

Á flor da pele

De quatro
Chupar
Sugar

Lançar-se 
Fuder o mundo

Engolir as expectativas
Masturbar as possibilidades

Atritar o corpo

Nas canções possíveis
Enfiar na mente 

Acordes de teorias
 

Amplificar os olhares
Dispersar energias
Gozar o/do prazer
Alcançar a realização
Simples, fácil, possível

Masturbação

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Assim Você (Parte II)

Quando a noite chega
E a solidão escurece o quarto

Quando a música toca teu aroma
E o cobertor possibilita teu calor

Sinto você
Abrançando-me com tua pele
Aconchegando-me em teu corpo

De tamanha forma
Que preenche todo meu ser

Na música
Nos livros
Nos videos
Na comida
Nas pessoas

Cada detalhe teu
Inscrito em mim
Aqui e ali

Quando vens?
Espero que em breve

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Vida de gato Preto: algumas realidades questionáveis



A gata preta demonstra preferência pelo gato preto, e permite que ele se enrosque em seu pescoço. Ele se delicia naqueles pêlos aveludados que só a gata preta possui, mas não perde de vista que ela tem seus projetos pessoais.


Um dia a gata é aprovada em concurso público, passa a viver em outro Estado. O gato se frustra. Namorar à distancia é caro, exige mais dedicação ao trabalho. Ele não consegue acompanhar a dinâmica e a inteligência da gata preta e sabe que o trabalho nunca foi o seu forte.  A gata desconsiderando a princípio a falta de empenho se esforça em fazer visitas com freqüência, porém não visualizando feedback passa a responder às exigências do trabalho que a suga cada vez mais e mais e o desejo pelo gato preto se dilui no descompasso do ritmo, que do lado do gato preto é infinitamente mais lento.

Entrementes, o gato preto olha para todos os lados à procura de uma parceira na qual consiga compartilhar sua vida, sem a quebra de sua inércia, que é lenta. Como o mercado afetivo está em falta para as gatas, pois, a caça aos gatos - que tem privilegiado os gatos e pretos da periferia - um coeficiente que é negativo aos gatos pretos, paradoxalmente também o é positivo na matéria de relacionamentos, aumentando a concorrência aos gatos pretos sobreviventes. O mercado afetivo, fraco para gatas de todas as raças e cores, não possibilita dificuldades ao gato preto, que ainda pode escolher e o faz investindo toda sua lábia na gata mestiça, que é mais mansa, e não exige tanto o trabalho como a gata preta. Habitante da mesma cidade parece disposta a amá-lo e eles se entregam. Incondicionalmente, como precisam e desejam. Conquista a gata mestiça, ele se esparrama em seu sofá e toma posse do controle remoto da televisão, som, e do ar condicionado. Deseja assistir o futebol, no horário do programa favorito da gata mestiça, que acompanhava todas as noites até antes da chegada do gato preto em sua vida. Nada conta à gata preta, mas a gata descobre que o gato preto havia sido largado por uma outra e preta e descobre que seu gato, além de folgado, também é desleal, conformes fontes secretas do faceboock felino e manda-o pastar.




Humilhado, mas consciente de seu poder de sedução e do privilégio de estar vivo, ele passeia entre tons mais claros de felinas, escolhido a dedo no cartel de cores. Não se esforça muito, pois, falta gato até para os gatos. O gato preto sabe que trabalhar não apetece seus instintos, não sabe como fazê-lo e decide não se esforçar para segui-lo. No histórico recente, pulou do futebol para o rap, flertou com o funk e agora é pagodeiro. Em ambos espaços dançou conforme a música, e sempre se deu bem, pois, o sistema patriargato está a seu favor... Se aventura no sonho de ser famoso e estrelar uma edição da Caras dos Felinos, acha que assim pode provar para si mesmo e para a gata preta que o deixou no passado que conseguira evoluir. Suas frustrações o perseguem...


No pagode conhece a gata ideal. Preta, gringa e bem sucedida. Nem dá adeus à outra gata que estava no momento e jogo seu poder de sedução, conquista a gata nova. Ele é o príncipe, por quem ela ansiara toda a vida, e seu ritmo lento e manso na vida real era compensado pelas suas performances e beleza...



Os dois namoram como gatos no cio. O esperado, na idade fértil dela acontece, gatinhos à vista. Ela pensa que não pode viver sem ele e agora com um filho, formarão uma família. Outro sonho realizado. Precisam ficar juntos. Cumpre levá-lo para a Gringolândia. Tudo que ele mais queria. Sombra e água fresca...



No começo, doces são os planos e insaciável o sexo. O gato preto, encantado com o mundo gringo, precisa de tempo para adaptar-se. Ela compreende. Nesse intervalo, o gato não trabalha, estuda gringolês pela TV, arruma a casa, malham os músculos, afinal essa vaidade ele nunca pudera perder e espera a gata chegar do trabalho com a comida pronta. Aguarda que os demais da Gringolândia, reconheçam seu valor de gato especial, como sua gata em casa.



Nasce o primeiro herdeiro e há notícias de que a gata gringa gesta o segundo. Em silêncio desesperançado, ela observa, reiteradas vezes, o gato amado rejeitar a ocupação de caça-ratos, que poderia ajudá-la a comprar a ração das crias. Assusta com sua passividade perante a vida. Ele sem saber ao certo como desenrolar os trabalhos domésticos terá agora que assumir a educação dos filhotes pequenos. Aí percebe o quanto pesa o nome “do lar”.


Ele, com dois gatinhos novos em casa, dá-se conta de que as mordomias de gatão mimado estão diminuindo. A disponibilidade para o sexo não é a mesma, pois ao final do dia ele está acabado de tanto cansado, então começa a estudar outras formas de miar em outros telhados, pois não sabe da existência de novas gatolinidades desenvolvidas para os gatos modernos, então, mergulha em sua covardia. Está à espreita de uma gata branca, desprezada pelos gatões tipo alfa do pedaço, mas que já alcançou uma certa condição estável financeiramente falando, e parece que já tem uma miando em sua direção. Haja o que houver, está decidido a fincar garras na Gringolândia, e assim o faz, pois, o mercado afetivo está ao seu favor. Uma perversa, porém, doce prisão...

domingo, 9 de setembro de 2012

Assim Você

É prazeroso te encontrar
Adoro a maneira que me olhas
A alegria baixa de teu sorriso

As trocas contigo me engrandece
Merevela
Mepotencializa

Adoro tua companhia
Teus olhos grandes 
Que me desnuda

Adoro teu cheiro
Teu hálito
Tua pele

Adoro o contraste do teu corpo no meu
Em atritos que me acende alma
Que me dar prazer

Daqui
Daí
Ou em qualquer lugar
Sentir você é sempre muito bom