Olho para
mim e vejo, os meus desejos insaciáveis me forjado, me (des)construído por
dentro.
Não sei bem
onde levarão estes e os outros caminhos que projeto, sei que tenho produzido rotas
para dentro e para o fundo de mim que parecem não ter fim...
A natureza das
ações e dos fatos que estou mergulhado, só representa a nítida certeza do que não sou,
ou que não quero ser. Nem sempre dizem algo ao meu respeito, nem sempre falam
de mim...
Estou uma
vela estendida em alto mar... Sinto o vento penetrar minha pele, sinto-me destruindo
por dentro...
Estou largando-me
de tudo que um dia me era parâmetro, me é algema...
Abandonado
em mim, percebo as marcas que me pertencem, que me fazem... Preciso organizar
meu caos, sem que a sedução de andar no limite me invada e me faça...
Olho para o
alto, atenção na esquina, é hora de prosseguir, ir mais e além... Eis minha prisão
pessoal da qual quero me libertar...
Entre
contratos que se enceram, vozes descritas e tiros de redenção, busco por algo
que me cure de mim, que me domine, e me ensine o rumo do próximo passo...
Picos de
amores em intensidades desequilibradas temperam a minha luta interna. Eu x Eu...
E Eu sempre
perco...
O tempo que
entra pela janela é relativo, e o corpo com suas marcas parecem desaparecer
entre imagens e ideais...
Mais um dia.
Belíssima poesia, que ao que me parece é apenas vida, um dia de um poeta e suas angústias.
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