sábado, 17 de novembro de 2012

Segredos



O tempo
encarrega-se de desvendar
o que oculto tenta esconder 

Uma folha de papel
rabiscada, dobrada e colocada
em um canto qualquer
revela segredos

Amor, tesão
paixão à flor da pele
Intenções e abraços que não tem fim

Lembranças de um tempo bom
e suas despedidas
O gosto do sempre primeiro beijo
que permanece

Desejos, aromas
e o banho recorda o novamente
Transpõe a realidade de mais uma e outras vezes

As incertezas nas letras tortas
também revelam alegrias
Dessas que retiram o eixo
e destrói rotinas

Na paisagem, expectativas
Cenas vividas
e muitas a viver

Sentir o que ainda oculto
o que ainda puro
Provoca a vida que segue
Sem olhar pra traz

3 comentários:

  1. O tempo esconde, a letra no papel revela
    Intenções, lembranças, incertezas
    Sentir o ainda puro, ainda oculto
    Sem olharmos trás
    (Samplers poesia)

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  2. http://anadarilhanery.blogspot.com.br/2012/11/dias-como-hoje.html?spref=fb&m=1

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  3. Lindo poema, Juliano...
    Os seus "Segredos" fizeram-me me lembrar Silêncio... Afinal, "o silêncio é um modo denso/tenso - de coexistir. Calar, às vezes, é fina forma de amar".

    Silêncio Amoroso 1

    Deixa que eu te ame em silêncio,
    Não pergunte, não se explique
    deixe que nossas línguas se toquem,
    e as bocas e a pele
    falem seus líquidos desejos.

    Deixa que eu te ame sem palavras
    a não ser aquelas que na lembrança ficarão

    pulsando para sempre
    como se amor e vida
    fossem um discurso
    de impronunciáveis emoções.

    [Affonso Romano de Sant'Anna. Intervalo Amoroso e Outros Poemas Escolhidos]

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