sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

ESCORIAÇÕES A VISTA

O aroma do sabonete
Phebo amarelo
Espalha a alma
Que cansada de caçar espaços
Busca alento e repouso
Nos acordes do violão que chora

Afino as cordas
Limpo a poeira
Que ofusca o caminho 
Que liga minha razão
A sensibilidade do sentir
Do viver, do tocar
Do jogar-se
Do sorrir

No existir simples
Materializo aqui minhas revoltas
E meus desejos
Buscando-me entre outras coisas
Viver a humilhação de amar

E a cada palavra
A cada sorriso
E nova experiência
Permito-me cair
Marcas de escoriações a vista

Que seja

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